Muito se sabe e já se contou sobre Zico. Seus gols tão bonitos quanto decisivos, seus passes e lances geniais, a maestria na cobrança de faltas, o estilo inconfundível com que imprimia elegância em cada jogada de que participava. Mesmo sem a bola nos pés, seu raro talento se fez presente na forma de atitudes corretas dentro e fora do campo e na liderança dos grupos com que trabalhou. Atributos vários que o levaram a condição de ídolo absoluto da maior torcida do Brasil e ao feito, talvez ainda mais expressivo, de ser admirado por todas as demais torcidas do país. Findo o vitorioso ciclo como jogador, a insaciável sede por vitórias continua agora à beira dos gramados, no comando de clubes e seleções pelos cantos do mundo.
Pouco se sabe, todavia, sobre Arthur Antunes Coimbra, carioca, nascido em Quintino que se fez cidadão do mundo. Um cara gente boa, bom filho e irmão querido, chefe de uma bela família, de incontáveis amigos e com o coração tão grande que não consegue guardar só para si toda a felicidade que o destino quis que fosse sua.
O mesmo altruísmo com que Zico dava seus passes e deixava companheiros na cara do gol; a mesma elegância com que carimbava jogadas e inebriava seus fãs; a personalidade marcante e a liderança positiva que sempre possuiu e exerceu; Arthur leva pela história adentro nas incontáveis pelejas que agora disputa nos gramados da vida.